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SNEA apesar de prejuízos após pandemia, empresas aéreas seguem negociação com aeronautas

20 de Dezembro, 2022
 

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destaca que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia, da desvalorização do real frente ao dólar e do conflito na Ucrânia, resultando no aumento do preço do petróleo. O querosene de aviação (QAV) acumula alta de 118% na comparação com o ano de 2019 e hoje representa mais de 50% dos custos totais das empresas, que por sua vez têm uma parcela de cerca de 60% dolarizada. De 2016 a 2021, as empresas aéreas acumulam prejuízo de R$ 41,8 bilhões, segundo dados da ANAC. Além disso, o setor herdou dívidas milionárias que foram geradas durante a pandemia, quando foi deflagrada a maior crise de sua história. 

É importante reforçar que desde os primeiros dias de outubro deste ano, o SNEA iniciou as negociações com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para preservar os direitos dos tripulantes, estendendo a validade da CCT vigente até o fim das negociações, e garantir as viagens aéreas dos passageiros, especialmente durante a alta temporada. Além disso, após encerrada as negociações diretas entre sindicatos, no último fim de semana, as companhias aéreas acataram uma proposta de mediação elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a proposta foi rejeitada pelo SNA.

O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada